Avanços imaginários
Como apresentei aqui, o Conselho de Ministros aprovou esta Quinta-feira os diplomas que regulamentam a Lei da liberdade religiosa e a Concordata entre Portugal e Santa Sé, regulamentando a assistência religiosa no Serviço Nacional de Saúde, nas forças Armadas e de Segurança e nas prisões.
Mas chamou-me a atenção esta frase.
"O Ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, considerou que estes diplomas representam um "avanço civilizacional" no Estado de Direito, estabelecendo "o acesso de todas as confissões religiosas, em condições de igualdade" à assistência espiritual nestes âmbitos."
Alguém me consegue explicar com que base é que o Sr. Ministro diz que regular concordatas com religiões se trata de um "avanço civilizacional"?
Existe alguma regra para se quantificar os "avanços civilizacionais", e principalmente, existe alguma tabela para se avaliar o quanto a "religião ajuda no desenvolvimento da civilização", principalmente no âmbito da “assistência religiosa”, leia-se, andar a rezar pelos corredores dos hospitais, dos quartéis ou das prisões.
Para os políticos, tudo é espanto, tudo é encanto quando se trata da religião. Ou então é o respeito pela “voz do dono”.