Pat, o analista desportivo

Já sabemos que o "nosso" Pat é o reporter de deus, o seu porta-voz, o seu confidente, o seu garante de todas as coisas divinas na terra.

Mas agora Pat também faz de analista desportivo.

Uma rápida explicação. Existe um jogador na NFL, a Liga Americana de Futebol Americano, que se chama Tim Tebow. Este é o poster boy do cristianismo protestante na América: tudo é dádiva de deus, tudo é atribuído a deus, no momento das vitórias o primeiro a agradecer na conferência de imprensa é deus, no momento da derrota, é porque deus está a "dar forças" para novas vitórias.

Aliás, este "menino do coro" fez furor ao começar a fazer uma posse religiosa segundos antes dos jogos, que a imprensa conservadora apelidou logo de a coisa mais linda de ver, logo a seguir ao menino Jesus no berço.

Apesar do "menino do coro" ser muito temente a deus, e acreditar muito nele, à verdade é que é uma bosta como jogador. Tanto que a equipa onde jogava, os Denver Broncos, mal teve oportunidade, despachou-o logo por um daqueles que é o melhor jogador da Liga chamado Peyton Manning.

E apesar deste último também ser cristão (mas porque não deve dar tantos nas vistas), o "nosso" Pat veio logo cuspir veneno para o seu programa de televisão.




Ora, então é fácil de ver a coisa, aos olhos deste atrasado mental: Jesus Cristo deve tentar magoar Peyton Manning porque não é cristão como Tebow.

Só o "nosso" Pat para estas demonstrações de "caridade cristã".

Mas há um bom remédio. Pat, talking to you now, porque não vestes o equipamento, colocas um capacete e vais para o campo de jogo. Afinal, não és tu que dizes que levantas 1000 kilos no leg press?! Vamos a isso! De certeza que o teu deus te iria proteger.

Patético!

Teocracia cristã verdadeira e presente

Um tal de Dennis Terry, mais um "mega pastor" Americano, apresenta na sua igreja aquele que é um dos candidatos a concorrer para a Casa Branca em Novembro pelos Republicanos.




Se eu fosse crente diria "deus nos salve".

Este fanatismo faria os inquisitores da idade média babarem-se de satisfação: ódio, intolerância, sectarismo, incitação à violência, irracionalidade, obscurantismo... no ano 2012 como "purificação" de uma América (e do mundo) sob o jugo de um cristianismo taliban.

Se este tipo de igreja é a "consciência" do Estado, teremos muitas "guerras santas" no nosso futuro.

You can run, but you can't hide

"O Arcebispo de Nova York, o cardeal Timothy M. Dolan criticou uma proposta legislativa na Câmara Municipal de Nova York que faria quem, por um ano, o estatuto de limitação para a abertura de um processo civil para casos de ofensa sexual deixar de se aplicar. Isso permitiria que pessoas que foram abusadas sexualmente por padres no Estado de Nova York pudessem apresentar o seu caso em tribunal. O cardeal disse que estava "muito preocupado" porque isso causaria uma "inundação" de processos de tribunal o que faria como que a igreja tivesse de gastar muito dinheiro na sua defesa ou em possíveis compensações financeiras.

"Eu penso que os bispos têm sido muito francos no seu arrependimento e na admissão que a igreja não tratou bem destes assuntos no passado, no entanto aborrece a igreja continuar a ser um alvo de ataques."

Ver aqui.

Pois, é uma chatice muito grande isto da "justiça secular", da "responsabilização moral", do acto de "julgamento de crimes". Devia depender de "deus", e principalmente daqueles que dizem falar por "ele", não era? Decretava-se que "o que lá vai, lá vai", e que agora é que somos infalíveis e sem mácula.

Isto de as vitimas andarem à procurar justiça, principalmente uma justiça que lhes foi negada por causa da coerção para o silêncio, por causa de "as condições não estarem reunidas", ou por causa de, finalmente, os legisladores deixarem de serem subservientes aos "lideres espirituais", é mesmo uma chatice grande.

You can run, but you can't hide

Os nazis e o desdém pelo ateísmo

Num livro de Peter Longerich sobre a biografia de Heinrich Himmler, Longerich mostra que Himmler não gostava que nas igrejas cristãs fosse proibido que membros da SS não tivessem lugares de liderança, uma vez que Himmler considerava-se como um crente em deus.

Mais mais importante, Longrich cita uma carta de Himmler que foi direccionada para um padre em 1937 sobre o facto de o sistema de crenças dos membros da SS eram da privacidade desses mesmos. No entanto, por decreto, esse sistema de crenças não incluiria nunca a não-crença. Himmler escreveu nessa carta:" A única visão do mundo que não é tolerada dentro das SS é o ateísmo. Eu não tolero que ateístas tenham lugares de proeminência dentro das SS. Todos os membros têm de ter uma profunda crença em Deus, o que os meus antepassados chamavam "Waralda", o antigo, aquele que é mais poderoso que nós" (Longerich, Heinrich Himmler, Oxford University Press, 2012, p. 220).

Himmler tinha ideias muito estranhas sobre divindades, uma vez que, para além deste declarado cristianismo, Himmler foi também responsável pelo desenvolvimento de ideias bastante estranhas sobre "pureza da raça", sobre a descendência de nazis de deuses. Mas mais uma vez, para os fanáticos que "patrulham"a internet, com mentiras e falsidades sobre a historia do III Reich.