February 12, 2013

Fica por discutir o mais importante


No que tem sido a lovefeast das últimas horas quando Ratzinger disse que ia deixar de ser o líder espiritual máximo dos católicos (as reacções histéricas têm sido hilariantes, com “especialistas, analistas, comentadores” a aparecerem em tudo o que é noticiários e imprensa escrita) fica uma parte importante que não está a ser discutida coma  frequência com que está a ser discutida a “coragem” e a “visão” do senhor dos sapatos Prada.
"Este papa teve uma grande oportunidade para enfrentar décadas de abusos na Igreja Católica. Prometeu muitas coisas, mas acabou por não fazer nada", disse à AFP John Kelly, do grupo Survivors of Child Abuse (Sobreviventes de Abuso Infantil), uma das associações que representam as crianças vítimas de violência física, sexual e moral.”
Ver aqui.
Exacto. Aquilo que fez foi protelar, proteger, boicotar. Enquanto presidente da Congregação para a Doutrina da Fé tudo fez para que os casos se fossem acumulando num arquivo interno, nunca denunciando os casos às forças da ordem e da Lei seculares e mesmo quando papa, quis dizer muitas vezes a quão arrependida a igreja católica estava, mas nunca entregando ninguém à justiça.



Mas agora só se fala da “obra” e da “palavra”, e do raio que o parta.

Recuperando o nosso saudoso Christopher, há uma coisa boa que vamos ter nos próximos meses que é a “sede vacante”. Ao menos durante esse tempo não há ninguém que se possa arrogar a ser “infalível”.