"No dia em que passam exatos 60 anos depois da sua morte, as sondagens mostram que a popularidade do homem que dirigiu a URSS com braço de ferro não pára de aumentar na Rússia.
"Em 1988, menos de 1 por cento dos respondentes consideravam Estaline uma grande figura que seria recordada dentro de 20-30 anos. Hoje, ele encontra-se na lista das figuras mais significativas dessa época na consciência social", constata Lev Gudkov, diretor do Centro Analítico Levada-Tsentr.
"Segundo as sondagens, atualmente 48 por cento dos respondentes reconhecem o papel positivo de Estaline (...)".
Ver aqui.
Vamos fazer umas contas rápidas, de 142,800,000 milhões de habitantes na Russia, 58,800,000 ou 41% são Cristãos Ortodoxos, 9,400,000 ou 6.5% são Muçulmanos, 5,900,000 ou 4.1% são Cristãos não filiados e 18,600,000 ou 13% são ateístas ou não religiosos.Num inquérito pelo Centro Levada, o número de pessoas que se identificam como Ortodoxos, subiram de 31% em 1991, para 50% em 2001, para quase 70% em 2011 (ver aqui).
Então, se o número de crentes em deus está a aumentar, e se o número de ateístas é uma minoria.... qual é a razão para que Estaline esteja a ser cada vez mais admirado? Não é de certeza pelo que os religiosos estão sempre a dizer que Estaline fez as coisas que fez por causa de ser ateísta. Se assim fosse, a população Russa, maioritariamente religiosa (e a crescer em números) não se identificaria nunca com um "ateísta".
A verdade é que o "ateísmo" à imagem de Marx e Lenin não era mais que uma faceta para um controlo de população com ideias culturais, económicas e militares. Não só desvirtua as verdadeiras raízes ou preceitos do ateísmo, como "não colou" a Estaline, como se pode ver por estes aumentos na admiração do ditador por parte dos Russos.
É agora o que foi na altura, a necessidade de um povo recuperar uma identidade de poder e de domínio, e não de "defender um ateísmo de Estado", ou o que quer que seja que os religiosos dizem para vilipendiar o ateísmo.