No Jornal da Noite da SIC Notícias uma reportagem em como é que pessoas com fé em deus (neste caso, se for um muçulmano ou um católico) e pessoas sem essa crença, vivem o seu dia-a-dia onde nos confrontamos com cada vez mais dificuldades económicas e nos sentimos cada vez mais desamparados. Imagino que a reportagem não tivesse sido feita a tempo.
O jornalista responsável é o Luís Manso, e pelas perguntas que ele me fez, a reportagem será muito interessante.
Tradições ateístas da época: decorar a árvore filogenética, levar as crianças a visitar o Professor Claus na Universidade local, fazer um Darwin de massa-pão, uma decoração ateísta, construir um Richard Dawkins de neve para debater com o boneco de neve do vizinho (em Portugal só se aplica na Serra da Estrela), camisolas Nietzche, uma creche hominídea, e um "ateísmatal" tipo Charlie Brown.
"D. José Policarpo abre a mensagem de Natal também aos não crentes e insiste que há lugar para que os que não acreditam. «Convidamo-los a celebrar connosco o Natal, talvez o senhor vos visite, inundando o vosso coração de luz e de paz», sublinha."
Caro Sr. Policarpo.
Não preciso do seu "convite" para perpetuar aquilo que é (era) uma festa pagã e que os cristãos dizem agora ser uma festa para louvar o nascimento do vosso "senhor".
Mais, também dispenso bem a prepotência e arrogância de me dizerem que "luz e paz", "talvez" me seja dada por um "deus" que permite injustiça, violência e intolerância. Eu tenho a paz necessária para viver em sociedade, mas também não tenho a hipocrisia de dizer que se "deve dar a outra face". Quanto a "luz", se for preciso, a luz do meu telefone chega para iluminar a escuridão.
E já agora dizer que, mais uma vez, deus não (talvez me visitasse, é bem verdade) apareceu. Faz 2012 anos, e em todos os outros antes disso, que deus, ou o seu filho, teimam em não o fazer. Apenas a fé religiosa é que não ajuda a tirar a conclusão óbvia do que quer isso dizer.
Quem conhece as minhas opiniões em relação à imprensa Portuguesa, e da forma como esta cobre tudo o que é opinião de um qualquer "líder espiritual" religioso, que basta dizer que fala por deus e pelos católicos, e imediatamente tem direito a uma página, a uma coluna, a uma caixa para ter uma plataforma para dizer o que bem lhe apetece.
Na imprensa Portuguesa, por esta altura, quando cada vez mais se sabe (e aceita) que o "Natal" nada de Cristão tem (Jesus não nasceu no 24 de Dezembro, o natal era uma festa pagã, muitas das tradições desta época vêm de mitologias nórdicas), apenas os religiosos são procurados, ou lhes dado "tempo de antena", quando outras organizações de carácter secular ou laico..."grilos".
E porquê? Porque os religiosos dizem sempre que usam esta altura para ajudar os outros. Verdade. Mas que é sempre associado a uma proselitismo parolo e irritante.
"O bispo do Funchal, D. António Carrilho, diz hoje na sua mensagem de Natal que "a Igreja está atenta ao sofrimento da família humana". "A Igreja está atenta ao sofrimento da família humana e procura apontar para novos caminhos de esperança, com a ajuda espiritual e material, em gestos concretos de amor fraterno e no voluntariado solidário de muitas das nossas instituições", declara na mensagem, intitulada "Uma grande luz desceu sobre a Terra".
"A Igreja está
atenta ao sofrimento da família humana e procura apontar para novos
caminhos de esperança, com a ajuda espiritual e material, em gestos
concretos de amor fraterno e no voluntariado solidário de muitas das
nossas instituições", afirma."Deixemo-nos, pois, envolver pelo
dinamismo do Natal, que é anúncio, acolhimento e envio: Vamos a Belém ao
encontro de Jesus-Menino e ajudemos os nossos irmãos a encontrarem-se
com Ele"."
O "voluntariado solidário" é uma coisa nobre e bem-vinda, mas quando os católicos colam a essa iniciativa humana uma "missão religiosa", acaba por empobrecer a própria acção. Não deve haver necessidade de "promover encontros com um qualquer Ele", para se ser fraterno.
E a imprensa Portuguesa, ao passar esta mensagem que, a caridade é um fenómeno ligado à religiosidade e os religiosos são mais morais do que os outros porque são caridosos, é uma falácia que não faz bem a qualquer sociedade moderna e progressista.
Para todos os ateus que me lêem (e também para nos ateus, que bem sei que eles cá vêm ter), um bom solstício de inverno, e que os dias comecem a ser mais longos,e as noites mais quentes.
Ainda no seguimento do que aconteceu em Connecticut, continua o “desfile” de
insanidade religiosa cristã.
Resumindo dos últimos dias: nos USA, a separação do estado e igreja, a não
obrigação de todas as crianças nas escolas terem de rezar obrigatoriamente, porque os adultos não têm medo do inferno, deus fica zangado e envia furacões,
terroristas para derrubar torres e assassinos para matar crianças.
James Dobson da organização Focus on the Family, Mike Huckabee no topo da
lista para candidato a Presidente em 2016 pelos Republicanos, Newt Gingrich,
antigo Presidente da Camara dos Representantes e candidato a
Presidente este ano e um tal de Joel Rosenburg, que na opinião dele, a culpa é
de pessoas como… Jon Stewart, por causa de uma qualquer “guerra” contra Jesus e
o Natal.
É este o estado da insanidade cristã de alguns dos membros da religião protestante e católica nos USA, um deus invejoso,
um deus vingativo, um deus intolerante… na verdade não muito diferente do deus
da Bíblia.
Pelos vistos, são estes os “verdadeiros” cristãos. Pelo menos, não vejo ninguém dos religiosos a os criticar ou corrigir.
Mesmo de férias... não consigo resistir a mais uma vez mostrar como pensam aqueles que dizem que falam por deus.
Toda a gente sabe o que aconteceu em Connecticut (o Estado Americano onde vivi durante 4 anos), um louco entrou na Sandy Hook Elementary School em Newtow e matou 20 crianças e sete adultos.
Uma coisa horrível, incompreensível, sem razão de ser.
E imediatamente os vermes começam a sair dos buracos nojentos onde arranham os joelhos prostrados em frente de imagens dos seus deuses.
Neil Cavuto, jornalista da FOX-News: "Normalmente, numa tragédia como esta, as pessoas perguntam "como pode Deus deixar isto acontecer".
Mike Huckabee: "É uma coisa interessante. Nós perguntamos o porque de haver violência nas nossas escolas, mas nós removemos sistematicamente Deus das nossas escolas. Devemos ficar surpreendidos que as nossas escolhas se tornem em sítios de massacre? Porque tornamos a escola num sítio onde não se fala da vida eterna e o que significa responsabilidade e ser-se responsável por algo".
Esta é um das vozes mais influentes no Estados Unidos, não só a nível religioso, como inclusive a nível político, tendo já concorrido para ser nomeado pelos Republicanos para Presidente dos Estados Unidos. Inclusivo fala-se que poderá novamente tentar concorrer em 2016. E, claro, tem também um "pódio" para falar que é a incontornável FOX-News, onde qualquer fanático pode incitar ódio e medo, desde que seja um representante de deus, dos conservadores ou do lobbie das armas.
Mas vamos esmiuçar ainda mais as palavras deste reles, ignorante, pastor cristão transformado em comentador da extrema direita religiosa.
Qual foi o maior número de vitimas? Crianças. Se existe uma separação do Estado e da Igreja (que diga-se, está lavrado na Constituição Americana), são as crianças responsáveis? Foram elas que decidiram isso? São elas portanto que são as culpadas? O que Huckabee sugere é que o seu deus, o piedoso, o carinhoso, um deus cheio de amor, agiu através de um louco para passar o seu julgamento do aborrecimento que "ele" sente por estar a ser "afastado das escolas", fazendo com que 20 crianças fossem assassinadas a sangue frio.
Deplorável. Enjoativo. Reprovável.
Como disse Christopher Hitchens "estas pessoas podem dizer aquilo que querem, desde que tenham a palavra "pastor" antes do nome".
"Em entrevista ao Público na semana passada, e a propósito da detenção do
vice-reitor do seminário menor do Fundão, Catalina Pestana afirmou que este caso
não era único e que ela própria já tinha denunciado abusos sexuais na igreja de
Lisboa. A ex-provedora disse até ter reunido com D. José Policarpo e membros da
conferência episcopal portuguesa.
Em resposta a estas declarações, a Procuradoria Geral da República decidiu
ontem abrir um inquérito. Sobre esta investigação em curso, o Patriarcado não
tem qualquer declaração a fazer."
Haja coragem das instituciões laicas para apurar resposabilidades dentro da Igreja Católica e acionar mecanismos para punir as pessoas responsáveis por abuso de menores em Portugal, por muito que estas tenham "coberturas dívinas".
Dos mesmos que promoveram a Fortnight for Freedom, um "evento especial que suportava uma campanha nacional para o ensino e o testemunho da liberdade religiosa", com o propósito de tentar demonizar o presidente Obama com acusações de a Administração da Casa Branca estar a tentar destruir a religião, e a obrigar os católicos a fazerem coisas "imorais" e "pecaminosa", tal como oferecer anti-anticoncepcionais para a saúde reprodutora de qualquer mulher que trabalhe numa instituição católica que possa ter funcionários não católicos.
Nesse evento, a ideia era rezar. E rezar um pouco mais. E depois de rezar, rezar mais um pouco.
Para azar dos Bispos que organizaram o evento, o Supremo Tribunal afirmou como constitucional o Obamacare, os Católico votaram maioritariamente na reeleição de Obama e referendos para casamentos entre pessoas do mesmo sexo foram aprovadas em Washington, Maine and Maryland.
E como os resultados foram fenomenais da primeira vez, os mesmos bispos querem agora continuar com o bom trabalho.
"The U.S. Catholic bishops have launched a pastoral strategy addressing critical life, marriage and religious liberty concerns. The five-part strategy or call to prayer was approved by the bishops in November and is set to begin after Christmas. The overall focus is to invite Catholics to pray for rebuilding a culture favorable to life and marriage and for increased protections of religious liberty."
Ou seja, rezar. Rezar ainda mais. E com mais fervor.
A Ministra da Agricultura disse em Fevereiro que "“Devo dizer que sou uma pessoa de fé, esperarei sempre que chova e esperarei sempre que a chuva nos minimize alguns destes danos. Como é evidente, quanto mais depressa vier, mais minimiza, quanto mais tarde, menos minimiza. Se não vier de todo, não perderei a minha fé mas teremos obviamente de atuar em conformidade.”
O deus da Sra Cristas move-se lentamente, mas move-se. Foi preciso chegarmos a final de Setembro para "atender à fé" da pia crente.
Chove em Portugal. Demorou 6 meses, mas ei, deus deve ter muita coisa para fazer e a lista de pedidos é longa.
Já sabemos que os cristãos evangélicos americanos acham que
a Igreja Católica é “a grande prostituta”. Tem a ver com fornicação, quem é a
mãe de quem, quem são os anti-cristos, as cores do Vaticano, pedras preciosas,
a idolatria de ídolos e outras coisas que fazem suspirar de excitação este
pessoal que anda a discutir o “sexo dos anjos” (ou neste caso, a falta de sexo dos
anjos) sem perceber que as suas crenças são tão ridículas como aquelas que criticam.
Mas há uma “prostituta” que ainda é mais interessante de
seguir. Afinal, quando se gasta uma vida a ser-se um dos mais extremistas
defensores do deus evangélico, é muito interessante ver que, quando se trata de
“interesses”…deus pode esperar.
Parece que o deus dos Mormons (e quem segue estas coisas
sabe perfeitamente que os evangélicos pensam nos Mormons como um culto) afinal
é um deus que “interessa” ao “nosso” Pat
Pat Robertson é uma pobre desculpa para um ser humano e
felizmente já não falta muito para nos vermos livres dele.
Esta é daquelas que é “boa demais” para ser escrita por um comediante.
A batshit crazy da Michele Bachmann, mais uma que gostava de ver os Estados Unidos a tornarem-se uma teocracia cristã, aparentemente consegue ler (melhor que os outros todos) a mente de deus.
No último outubro, quando o furacão Irene assolou a Costa Este dos USA, a “profeta da idiotice religiosa" disse que: “Eu não sei quanto mais Deus precisa de chamar a atenção aos políticos. Nós temos tido furacões, terramotos. Ele está a dizer-nos “quando é que Me vão começar a dar atenção? (…) O governo está obeso e é preciso cortar na despesa”.
Para além do extraordinário insight da maluquinha de Arroios (lá do Minesota, claro) sobre a "obra" de deus que envia furacões que dão cabo da vida daqueles que supostamente acreditam “nele”, de forma a dar recados aos políticos, deus também percebe de finanças e sabe qual deve ser o défice. É o deus da Bachmann: generoso no mal que faz, mas comedido sobre o orçamento do governo.
Agora que os Republicanos (e a ”colheita” deste ano é só fanáticos religiosos) estão a ter a sua Convenção em Tampa, Florida, o furacão Isaac anda a fazer das suas nessa região da América.
Vamos então “em directo” para a maluquinha de Arroios que acha que: “Neste momento estamos a ver um furacão político neste país. Um furacão espiritual na nossa terra. E está na altura de cada um de nós mostrar o que pode fazer por Ele.”
Brilhante!!!
Assim sabemos que “deus” está claramente a enviar uma mensagem aos Republicanos! Deixem-se de tentar forçar deus na praça pública e deixem o coitado do “senhor” em paz, que ele tem mais que fazer do que andar a aturar gente maluca.
1) Compreende-se a necessidade de alargar o “novo ateísmo” para uma nova “versão” mais multicultural. Quando o novo ateísmo “nasceu” (com o artigo do Gary Wolf em Novembro 2006, na Wired Magazine) ficou muito conotado com os “cavaleiros” que acabaram por ser a “face” do novo ateísmo, para “o bem e para o mal”, como se costuma dizer; quatro homens brancos, intelectuais, académicos e “elitistas” (curiosamente sabe-se agora que Ayaan Hirsi Ali tinha sido convidada para fazer parte da agora icónica “conversa” entre os “quatro cavaleiros”, mas não pode estar presente no dia da filmagem).
O Ateísmo+ não é mais do que uma tentativa, tal como Wolf o fez em 2006, de dar um “nome” a um movimento novo, neste caso, que inclui mais mulheres (aliás se lerem o post original da Jen McCreight, é uma resposta dela ao “grupo dos bons rapazes” que é o ateísmo, e a defesa de uma posição mais feminista neste movimento), pessoas de outras raças e de outros locais do globo (a utilização do “+” é fácil entender que tem a ver com o sucesso que o Google+ está a ter neste momento).
2) Haverá sempre quem proteste (por tudo e por nada), neste caso pelo facto de “haver novos rótulos” para o ateísmo, quando a ateísmo sempre foi “suficiente por ele próprio”, sem precisar de novas roupagens. Como é de esperar, não concordo com este tipo de argumentos. O ateísmo, assim como outras filosofias de vida, evoluem normalmente, e adaptam-se a “corrente do tempo”. E o ateísmo nesse aspecto é um óptimo “modelo” para isso, cada vez mais a ciência contribui para o conhecimento do funcionamento da nossa mente e da nossa fisiologia, do funcionamento do mundo e do cosmos, o secularismo instala-se cada vez mais com novos desafios que isso traz, a igualdade entre sexos e entre raças causa um maior debate que é necessário.
Apesar de ser (orgulhosamente) um “novo ateísta”, vou esperar para ver o que vai acontecer ao “Ateísmo+”. Poderá ser uma “onda” (como foi os Brights) ou estará cá para ficar?
Este tipo de argumentação serve para se poder ser contra a interrupção voluntária de uma gravidez, e neste caso por causa de convicções religiosas, porque se uma “mulher for legitimamente violada”, não há forma de haver gravidez.
Aliás , neste vídeo do programa da Rachel Maddow, pode-se ver que alguns dos conservadores Americanos “oferecem” a ideia que, uma mulher quando é violada, não pode acontecer gravidez. Um deles chega a dizer que deus “coloca um pequeno escudo que impede a fecundação".
Mas o que é muito mais interessante, é ver os protestantes Americanos que mais próximos estão dos “corredores de poder” saírem… em defesa destas posições.
Os já infamemente conhecidos Tony Perkins do Family Research Council disse que “nós apoiamos totalmente Akin [o candidato]" e o Bryan Fisher, da American Family Association’s basicamente disse também que, sim senhor, não percebo nada de biologia reprodutiva, mas deve ser assim.
E assim os líderes religiosos mostram o perigo que são para a sociedade Americana, e indiretamente para o resto do mundo. Quando a biologia humana é ignorada, quando a parte emocional é desprezada, quando a solidariedade humana é acessória, temos a “moralidade cristã a vir ao de cima”.
O missionário do teclado, o entrecosto esturricado, anda a fazer de cupido e quer que eu me case com a minha almofada! Hilariante. Não sabia que o Sr. Jairo Entrecosto tinha jeito para andar a fazer de casamenteiro (quiçá para compensar de alguma coisa, mas isso são especulações).
Na verdade eu já tinha pensado nisso várias vezes. Aliás, “imoral” como sou, estou a pensar em casar com as minhas duas almofadas. Poderei assim estar casado, e ainda por cima ser polialmofadeiro, claramente em contradição com os mandamentos divinos, onde um casamento será apenas entre um homem e uma almof....uma mulher! Peço desculpa! Ou uma mulher e concubinas, ou uma mulher que foi vitima de um violador, ou uma mulher e os seus escravos, ou uma mulher virgem que seja espólio de uma batalha.
Eu compreendo que é uma grande chatice para estes senhores que certos ateístas (e falo claro, de mim) sejam heterossexuais, sejam monogâmicos, sejam de direita, sejam contra a interrupção voluntária da gravidez por sistema, sejam humanistas, etc. Não lhes dá jeito!
"Choca" a estes senhores que os ateístas defendam ideias de decência e de bom-senso. Eles "querem" estas características só para si, e como tal poderem achar que têm uma qualquer “superioridade moral” que lhe da ”autorização” para escrever barbaridades como a que um ateísta possa “querer casar com um câo”.
É este o nível de discurso destes pobres coitados. Colocar imagens de macacos, como se fosse essa a imagem a passar de ateístas que queiram casar (uma instituição muito anterior aos “ensinamentos cristãos”) sem ser com um padre falar da “santidade religiosa do casamento”.
E são estas as pessoas que querem “debates”. Com argumentos do mais mesquinho e intolerante possível.
Os católicos que temos…
PS: E contínuo à espera da admissão do Sr. Entrecosto de andar a alterar conscientemente aquilo que escrevo (mais uma vez, aqui e aqui). Mas a falta de coragem é uma coisa “tramada”. É muito mais fácil colocar imagens de macacos do que admitir que se muda o que os outros escrevem.
Este post é um pouco denso, mas como dizem os meus amigos Americanos, bear with me.
Um dos “líderes espirituais” com mais “tempo de antena” nos USA, membro da “maioria moral”, “ a mão direita de deus”, é Ralph Reed.
Pio, “temeroso perante deus”, preocupado com a “saúde religiosa” dos USA, Reed é considerado por muitos como o “sucessor” de Falwell. Um “líder religioso”, que quer entrar no mundo politico dos Estados Unidos e determinar o que todos os outros podem fazer seguindo a lei de deus.
No entanto, Reed é igualmente um ser humano desprezível e ignóbil.
Para quem domina menos o inglês, Reed ajudou um “grupo de interesse”, liderado por Jack Abramoff, para manter a referência Made in America nas ilhas Marianas, onde mão-de-obra escrava era utilizada para fazer peças de roupa. Reed influenciou o seu largo público a escrever cartas em apoio a manter este estatuto porque “os os trabalhadores estavam a ser submetidos aos ensinamentos de Jesus”, ao mesmo tempo que tinham de trabalhar horas seguidas sem descanso, serem pagos em cêntimos e terem de fazer interrupções voluntárias de gravidez para poderem trabalhar mais tempo. Para além disso, Reed, mais uma vez, mobilizou a comunidade cristão par escrever para o Congresso para impedir a abertura de casinos por populações nativo-Americanas, porque estava a ser pago por outros grupos de nativo-Americanos que queriam abrir os seus próprios casinos.
Aliás, pode-se ver que pessoas como Christopher Hitchens “topam estes vermes" à distância (têm de esperar pelos 8min e 20 seg).
E agora, Reed quer voltar à política, em nome da “limpeza espiritual” dos Estados Unidos, contra as “hordas de liberais e progressistas”, que querem “destruir a América”.
Isto só mostra que, quando aqueles que dizem falar por deus querem ter poder, que mostram o pior lado de ser humano: corrupção, mentira, intolerância, ganância, mas em “nome de deus”.
Como era de esperar, o” missionário do teclado”, o entrecosto esturricado, faz-se agora de desentendido (para além de despeitado) e quer que lhe sejam apontados os erros que ele próprio comete conscientemente.
Apesar de ser contra a minha política (o que me faltava era andar a dar "trafego" a este tipo de pessoas), eu deixo aqui novamente os dois links (aqui e aqui), onde qualquer pessoa pode ver as alterações que o Sr. Entrecosto fez ao meu texto, sinal claro que manipula o que os outros escrevem a seu belo prazer, o que mostra uma desonestidade atroz para alguém eu se acha "moralmente superior" aos outros, “imáculo” na defesa de “verdades” e de “argumentos validos”.
Na verdade, o Sr Entrecosto é um grande mentiroso, que ainda por cima é incapaz de se desculpar pelas suas acções, que claramente visam prejudicar o que os outros dizem, em prol de uma “superioridade argumentativa” que o senhor em questão não tem, e nunca teve.
E ainda quer este pessoal “debates”, quando o que fazem é o equivalente a tirar peças do tabuleiro quando o oponente se distraiu.
Querer explorar. Conhecer os limites. Saber mais. Ter curiosidade (e que nome bonito para dar ao rover que agora está em Marte). Desafiar as probabilidades. Trabalhar em conjunto, sem preconceitos, apenas com uma visão comum; avançar o conhecimento e o progresso da civilização.
As palavras de Carl Sagam ecoam nos meus ouvidos “How is it that hardly any major religion has looked at science and concluded, “This is better than we thought! The Universe is much bigger than our prophets said, grander, more subtle, more elegant?” Instead they say, “No, no, no! My god is a little god, and I want him to stay that way.”
Mais uma vez, o “missionário-mor do teclado nacional”, o Jairo Entrecosto, AKA aqui no NOVA, como o “entrecosto esturricado”, mostra toda a sua falta de conhecimento dos termos mais básicos sobre questões religiosas e não religiosas.
Neste artigo, mais uma vez o entrecosto esturricado mostra a sua ignorância do que é laicismo, cuja a definição é :”é a ausência de envolvimento religioso em assuntos governamentais, bem como ausência de envolvimento do governo nos assuntos religiosos”, que deriva da palavra laico que "é um adjectivo que significa uma atitude crítica e separadora da interferência da religião organizada na vida pública das sociedades contemporâneas”. Logo, uma ministra que diz que aproveita a sua posição política e governamental para fazer proselitismo, é uma atitude que devia envergonhar todos os católicos… pelo menos aqueles que defendem a laicidade do estado, no lugar de quererem os políticos a promover o catolicismo.
Mas mais revelador neste artigo é a confirmação daquilo que já sabemos do “missionário do teclado”, neste caso a sua desonestidade. Manipular aquilo que escrevi, com uma alteração do meu texto, mostra que este senhor é capaz de qualquer coisa, inclusive levantar falsos testemunhos, o que é um dos mandamentos mais importantes na sua religião de não uma coisa que não de deve fazer. Mas esta constatação de ver o alterar do que os outros escrevem só mostra o que esta pessoa é; um mentiroso, capaz de deturpar o que não lhe convêm, e que mostra uma covardia de não conseguir sequer ser honesto ao ponto de transcrever correctamente o que os outros dizem.
Qualquer pessoa que cruze os dois artigos vê, de uma forma imediata, e clamorosa, os impropérios. Mas não sou eu que tenho de andar a fazer de "polícia" do Sr. Jairo e das suas mentiras.
Eu sei que este é um "caso local", mas a resposta à posição intolerante dos donos dos restaurantes Chick-Fil-A tem dado motivo para comédia que é fantástica.
Depois disto e disto, agora temos um "desafio bíblico".
Por agora já toda a gente sabe do massacre em Aurora, Colorado, onde um louco varrido pegou em armas automáticas e numa granada de fumo, e matou 12 pessoas inocentes que a única coisa que queriam eram divertirem-se a ver o filme Batman.
Para além disso, 58 pessoas estão feridas, assim como uma comunidade e um país em estado de choque.
Mas os vermes já aproveitaram para saírem dos buracos imundos onde passam o seu tempo, ajoelhados à frente dos seus crucifixos, para, tal como outros fanáticos antes deles , fazerem um aproveitamento vergonhoso de uma tragédia para marcarem pontos para com os seus deuses.
Fred Jackson, o director de imprensa de um grupo Americano chamado American Family Association aproveitou já para dizer que "o tiroteio é resultado da existência de igrejas liberais e de uma imprensa liberal que ajudam a tirar o ênfase no medo de Deus e da Bíblia". Ver aqui.
Já o "mega pastor" Rick Warren, que foi "só" um dos que conseguiu ter Obama e McCain em debate directo nas últimas eleições, como inclusive foi convidado para fazer a oração da tomada de posse de Obama em 2008, escreveu num tweet que "quando os estudantes são ensinados que não são diferentes de animais, eles agem como tal.". Ver aqui.
E um dos Congressistas Americanos, chamado Louie Gohmert (R-Texas), disse que "estes tiroteios acontecem por causa dos continuados ataques às crenças Judaico-Cristãs que permitem casos como os que aconteceram em Aurora poderem acontecer". Ver aqui.
Portanto, recapitulando, a culpa é do ateísmo, do liberalismo, do naturalismo, da ciência e do secularismo.
Numa entrevista para a WWLTV, Presidente Obama expressou a sua opinião sobre a continuada oposição da igreja católica a nova lei de sistema de saúde nos USA.
"OBAMA: (...). Well it’s absolutely true that religious liberty is
critical. I mean that’s what our country was founded on. That’s the
reason why we exempted churches, we exempted religious institutions, but
we did say that big Catholic hospitals or universities who
employ a lot of non-Catholics and who receive a lot of federal money,
that for them to be in a position to say to a woman who works there you
can’t get that from your insurance company even though the institution
isn’t paying for it, that that crosses the line where that woman, she suddenly is gonna have to bear the burden and the cost of that. And that’s not fair."
Qual é a parte que os católicos Americanos (e alguns Portugueses) não entendem?
Esta é bem demonstrativa que os fanáticos religiosos não conseguem ver mais do que um palmo à frente dos olhos toldados com Cristo.
"No Luisiana, o Governador Republicano, Bobby Jindal, conseguiu introduzir um programa que permitiria fundos Estatais pagarem escolas religiosas.
Nos USA tal coisas é inconstitucional, uma vez que dinheiro Estatal ou Federal não pode ser usado para a promoção de uma religião.
No entanto, com a Casa dos Representantes e do Senado do Luisiana é também maioritariamente Republicano, a medida passou e tornou-se lei.
Agora vem a parte engraçada.
Uma das escolas que concorreu aos fundos, é uma escola Muçulmana.
Agora, segundo um dos membros da Casa dos Representantes, uma Valarie Hodges disse que "infelizmente os fundos não são apenas para a religião dos Fundadores, nos precisamos de ter a certeza que esta medida não vai ser aproveitada para fundar escolhas Muçulmanas radicais. Eu não suporto a ideia de usar dinheiro público para ensinar Islão em nenhum lugar no Luisiana."
Ah, pois! Queremos fundar a nossa teocracia, não a teocracia dos outros.
Dai a emenda na Constituição: "The amendment prohibits the making of any law respecting an establishment of religion (...)".
O meu amigo “Lúcio Mateus", colaborador extraordinaire do Portal Ateu anda a divertir-se com o “entrecosto esturricado”…oh esperem, como parece que “inventar alcunhas” é uma das minhas mais recorrentes actividades ficam aqui mais algumas para referir a mesma pessoa: missionário do teclado, o Donohue Lusitano, o Ratzinger da Internet em Português, o Policarpo de trazer por casa, o Januário dos bits, o Beato do Blogspot (podia ficar a tarde toda nisto)…e na minha opinião, o “Lúcio” deve estar com síndrome de inquietude pré-parental, o que faz com que anda com menos vontade de dormir, e há que uma pessoa se divertir um pouco quando se anda ansioso com a chegada de uma (bem vinda) nova criança.
Mas o que me chama a atenção é quando alguns são “cobardes”, enquanto outros são “prudentes” e “cuidadosos”. O Silvestre e o “Lúcio” são uns "cobardes" por causa disto e daquilo, mas ter-se medo de fazer um registo para expressar opiniões já é ter "cuidado". Como se diz na sabedoria popular: Quem tem medo, compra um cão. A internet está “cheia de malucos”? E depois? Ter a confiança das convicções é dar a cara. É mostrar quem somos, e dizer que “estamos aqui para o que for preciso”. Não foi um dos missionários do teclado, um tal de Orlando Braga (Conde O de Braga, mais uma vez na minha infinita imaginação para arranjar “alcunhas”) que estava a reclamar que a minha competência como professor universitário fosse posta em causa porque acontece estar em desacordo com a minha opinião sobre o início da vida humana. E não o próprio Jairo Filipe que insinua que eu sou um nazi, um marxista, um estalinista, um criminosos, um genocida, um patife, um palhaço e outras “alcunhas” que são muito mais pedestres e desinteressantes? Não estão eles a fomentar com este tipo de discurso; perseguições, intolerância, violência? Ou porque são crentes as mesmas regras de discurso não se aplicam a eles?
Ser-se um cronista, mesmo que seja num blog, é ter uma pessoa pública, é estar a expor-se à critica, ao ridículo, à sátira; o que o missionário do teclado quer é que se lhe dê atenção, mas nos moldes que ele quer, como ele quer, e da forma que mais lhe convêm.
Já para não repetir aquele que é o fetiche mais óbvio. Os ateístas são uns “mentirosos e uns cobardes” e são uns “criminosos e uns imorais”, mas os missionários do teclado suspiram longamente pelas “respostas aos desafios”. E estranham quando isso não acontece. E ficam chateados porque não têm respostas “cabais”, e ficam ultrajados que os seus disparates não sejam página principal nos sítios de ateístas.
Nem de propósito, e apesar de este post não ser sobre o Portal Ateu, de dizer que nesse local existe exatamente uma secção de “direito de resposta”… mas isso somos nós, que queremos “acabar com as religiões e com religiosos”.
Mas, o que é pena é que tenham descoberto o nosso plano original! Raios! Porque a nosssa ideia foi sempre termos o “entrecosto estorricado” a registar-se no Portal Ateu: tínhamos já preparada uma “barragem” de mensagens para o desconverter. Documentos tão brilhantes como “Já aceitou Hitchens na sua vida?” “Já descobriu a salvação em Dawkins?”. Tomos de “marxismo cultural”, de “ciência sem compaixão”, de “imoralidade e deboche ateísta”, tratados de filosofia Dennettiana feitas com dedicação e carinho pelo “Lúcio Mateus”.
Hélas, ficam agora guardadas para qualquer outro “missionário do teclado” que caia na “artimanha de decepção”, na “rede de enganos” que são os registos de sítios na Internet. O trabalho do ateísta a minar a sociedade nunca está terminado.
Como se costuma dizer, é só rir... mas a gosto, mesmo.
Com ou sem religião, haverá sempre pessoas boas a fazer coisas boas e pessoas más a fazer coisas más. Mas, para pessoas boas fazerem coisas más, é preciso religião.
Obrigado a Steven Weinberg __________________________
O NOVA
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O blogue NOVo Ateísmo procura ser um espaço de divulgação de uma nova corrente social importante. A religião tem gozado de uma impunidade de crítica devido ao seu estatuto popular, mas igualmente porque o ateísmo tem sido sempre ineficaz a passar a sua mensagem. O NOVA tem como missão mostrar um ateísmo mais esclarecido, mais científico, em suma, mais racional. Isso não impede de por vezes se tratar o fenómeno religião e de um deus teísta com o ridículo que merece.