"Prioridades" imorais
O Arcebispo de Tuxla Gutiérrez, um tal de Fabio Martínez Castilla, causou controvérsia devido a declarações durante uma homilia na Catedral de São Marcos ao dizer que "aborto é muito mais sério que a violação de crianças por padres".
Ver aqui.
E este é um problema grave com os católicos: o "sofrimento" de um blastocisto supera o sofrimento de um criança com 10, 12, 15 anos, ou uma criança com queimaduras extensivas que podia ser ajudada por uma terapia como células estaminais.
Em trocas, na maior parte virulentas para além do razoável por parte de católicos no Facebook ou em outros fóruns, é me apresentado uma blastocisto como um "ser humano", como "uma criança indefesa", como um "ser humano". Um conjunto de células, sem sistema nervoso, sem órgãos, sem tecidos é mais importante que uma criança, um adulto, um idoso.
Isto mostra o quanto os que acreditam nesta enormidade, tal como o Sr Castilla, se tornam imorais quando resvalam para o fanatismo. Mesmo que um feto seja um "ser humano completo", ou uma "criança indefesa", quantas destas "morrem" por abortos espontâneos? É isso um problema? Porque não ouvimos nós uma posição sobre este fenómeno natural? É diferente porque "deus quis?".
Mas ainda pior, dizer que um conjunto de células ser destruído é "pior que as violações feitas por padres", não é só imoral, é monstruoso! Não só tenta minimizar o crime que é o abuso sexual de menores por parte daqueles que podem aceder a crianças impunemente (vez, após vez, após vez), como mostra uma face de pessoas dentro desta instituição que não têm a mínima noção do que é sofrimento.